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PROEEP INDICA #06 - DIA INTERNACIONAL DE LUTA PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL

No próximo dia 21 é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Essa data marca uma luta contra o preconceito racial em todo o mundo e foi fundada em memória das vítimas do massacre de Sharpeville, ocorrido em 1960 na África do Sul, durante um protesto contra as leis “do passe” instaurada pelo regime de apartheid.  

PROEEP Indica

19/03/2021

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No próximo dia 21 é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Essa data marca uma luta contra o preconceito racial em todo o mundo e foi fundada em memória das vítimas do massacre de Sharpeville, ocorrido em 1960 na África do Sul, durante um protesto contra as leis “do passe” instaurada pelo regime de apartheid.  

A responsabilidade para a eliminação da discriminação racial é de todos e requer mais do que apenas conscientização, também requer ação. Nessa semana o Proeep Indica filmes, documentários, curtas-metragens e livros que refletem o terrível impacto do racismo, a trajetória de lideranças importantes na luta por igualdade e a valorização da cultura negra no Brasil. 

 

 

Filme – Selma: Uma luta pela igualdade (2014): retrata a trajetória de Martin Luther King Jr lutando pelo direito ao voto da comunidade negra nos Estados Unidos. O movimento levou à épica marcha de King até o Alabama, e convenceu o presidente na época, Lyndon Johnson a

implementar a Lei dos Direitos de Voto. Onde assistir? Telecine, Youtube, Google Play.

 

Documentário - AmarElo –  É Tudo Pra Ontem (2020): explora todo o processo de criação do projeto AmarElo, do músico e militante negro, Emicida. Criado em estúdio, AmarElo foi apresentado no Theatro Municipal, em São Paulo, 2019, em um show que abordou a história da cultura negra no Brasil. Onde assistir? Netflix.

 

Livro - Meu Crespo É De Rainha - Bell Hooks (2018): Hoje em dia, é sabido que incontáveis mulheres, incluindo meninas muito novas, sofrem tentando se encaixar em padrões inalcançáveis de beleza, de problemas que podem incluir desde questões de insegurança e baixa autoestima até distúrbios mais sérios, como anorexia, depressão e mesmo tentativas de mutilação ou suicídio. Para as garotas negras, o peso pode ser ainda maior pela falta de representatividade na mídia e na cultura popular e pelo excesso de referências eurocêntricas, de pele clara e cabelos lisos. Nesse sentido, “Meu crespo é de rainha” é um livro que enaltece a beleza dos fenótipos negros, exaltando penteados e texturas afro, serve de referência à garota que se vê ali representada e admirada. 

 

Documentário - Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil (2016): relata a infância de garotos negros retirados de orfanatos para trabalharem em situações extremamente precárias, análogas à escravidão, no interior de São Paulo. Retratando o projeto higienista da população brasileira durante o governo Vargas, o documentário ainda aponta a proximidade do então presidente com o regime nazista e as marcas deixadas por esse regime no Brasil. Onde assistir? Looke, Youtube, NET Now.

 

Curta-metragem - Travessia (2018): realizado a partir da memória estilhaçada, fruto do apagamento histórico da população negra no Brasil. Partindo de imagens inscritas de violências do passado que ainda reverberam no presente, o curta produz outras imagens possíveis pela via do afeto. Onde assistir? Disponível no Vimeo.

 

Documentário - A 13° Emenda (2016): O documentário traça uma relação entre o crescimento do sistema carcerário norte-americano e o fim da escravidão, mostrando o quanto o aprisionamento da população negra foi estratégico para certos setores da economia do país. Sinopse do site Guia da Semana. Onde assistir? Netflix.

 

Livro – Amoras - Emicida (2018): Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos — desde criança e para sempre. 

 

Livro – Pequeno Manual Antirracista - Djamila Ribeiro (2019): Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos. 

 

Livro – Racismo Estrutural - Silvio Almeida (2018): Nos anos 1970, Kwame Turu e Charles Hamilton, no livro "Black Power”, apresentaram pela primeira vez o conceito de racismo institucional: muito mais do que a ação de indivíduos com motivações pessoais, o racismo está infiltrado nas instituições e na cultura, gerando condições deficitárias a priori para boa parte da população. É a partir desse conceito que o autor Silvio Almeida apresenta dados estatísticos e discute como o racismo está na estrutura social, política e econômica da sociedade brasileira. 

 

Documentário - Libertem Angela Davis (2012): retrata a vida de Angela Davis, uma jovem professora universitária nascida no Alabama e conhecida pelo seu interesse na defesa dos direitos humanos. Ao ficar do lado de três prisioneiros negros nos anos 1970, ela entra para a lista das dez pessoas mais procuradas do FBI e se torna a mulher mais caçada dos Estados Unidos.

 

Documentário - Black in Brazil: Resistência Poética (2014): acompanha a vida de Jhonata e Vitor; dois jovens poetas negros das favelas de Salvador da Bahia, a terceira maior cidade do Nordeste do Brasil. Apesar de ser saudada como o coração africano do Brasil, com 90% de seus moradores reivindicando raízes negras, a violência policial contra jovens negros é a maior do país. Jhonata descreve a vida como um alvo permanente da polícia, sendo retida e seguida para casa. No Brasil, a cor da pele é uma questão de vida ou morte. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Filme - Malcolm X (1992): Denzel Washington conta a história do líder que teve o pai vítima do grupo racista Klu Klux Klan, e que também precisou enfrentar a internação da mãe por insanidade. O filme mostra como foi a sua conversão para o islamismo, enquanto esteve preso, o que mudou a sua vida completamente, e qual é o seu papel na luta contra o preconceito racial.

 

Documentário - Os Panteras Negras: Vanguarda da Revolução (2015): o documentário combina imagens de arquivo e entrevistas com Panteras e agentes do FBI sobreviventes para contar a história da organização revolucionária do Partido dos Panteras Negras. 

 

Podcast - AfroPausa #14 Black Lives Matter (2020): o racismo faz com que as vozes do povo preto se tornem invisíveis de diversas formas até os dias atuais. No episódio, discutem o impacto do levante social, ocorrido durante a primeira semana de julho de 2020, para a população negra estadunidense e brasileira, e também as semelhanças e as dessemelhanças do contextos sociais e históricos de cada um dos países. Onde ouvir? Disponível no Spotify.

 

Podcast - Kilombas #18 Cinema Negro (2020): apenas nos anos 1970, que cineastas negros começaram a contar suas próprias histórias, tendo como exemplo Zózimo Bulbul, Valdir Onofre e Antônio Pitanga. Para ajudar no desenvolvimento desse tema, contam com a presença da professora doutora em História Carolinne Mendes da Silva e o artista visual Darwin Marinho. Onde ouvir? Disponível no Spotify.

 

Álbum - AmarElo – Emicida (2019): com 11 canções, o trabalho conta com grandes participações como Zeca Pagodinho, Pabllo Vittar, Dona Onete e Fernanda Montenegro. O álbum propõe um olhar sobre a grandeza da humanidade, apresentando temas sobre a vida, luta e esperança. Onde ouvir? Disponível no Spotify, Youtube.

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Grupo de Trabalho PROEEP Indica

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