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PROEEP INDICA #10: LUTA INDÍGENA NO BRASIL

Para além das perseguições, invasões e ameaças, a luta dos povos indígenas é pela manutenção de seus territórios, bem como pelas vidas que existem nele.

PROEEP Indica

16/04/2021

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Para além das perseguições, invasões e ameaças, a luta dos povos indígenas é pela manutenção de seus territórios, bem como pelas vidas que existem nele. Em meio a pandemia da Covid-19, além do risco de contaminação e rápida proliferação do vírus, os povos originários vivenciam, ainda hoje, episódios de violência e ataques à direitos básicos. No #ProeepIndica de hoje, separamos algumas produções para refletirmos sobre a luta e resistência indígena no Brasil. 

 

Documentário - Pisa Ligeiro (2004): apresenta um painel da variedade de bandeiras e estratégias de luta que orientaram o movimento indígena brasileiro após a constituição de 1988. O título se refere à canção que o povo Xucuru-Kariri cantava em Pernambuco durante uma manifestação: “Pisa ligeiro, quem não pode com a formiga não assanha o formigueiro”. Onde assistir? Youtube.

 

Podcast - Mekukradjá: apresentado por Daniel Munduruku, o podcast Mekukradjá enfoca as vivências e as preocupações sociais, culturais, políticas e artísticas dos vários povos indígenas do Brasil. Onde assistir? Spotify, Apple Podcasts ou portal online Itaú Cultural.

Série-documentário - Na fila do SUS (ep. 02 - Povos Indígenas) (2020): No Brasil, a pandemia do coronavírus encontra os povos indígenas em situação de grande vulnerabilidade, seja na defesa de seus territórios ou do direito à saúde. Em Brasília, Rio Grande do Sul ou na Amazônia os povos marcham e mesmo em tempo de ódio e opressão a resistência segue viva. Onde assistir? Disponível no Bombozila. 

Série - Guerras do Brasil.doc (ep. 01 - As guerras da conquista) (2018): a guerra da conquista ainda não acabou. Veja como a população indígena foi dizimada e segue sua luta pela demarcação de terras até os dias atuais. Onde assistir? Netflix.

 

Filme - Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018): o protagonista, Ihjãc, um jovem da etnia Krahô, morador da aldeia Pedra Branca, no Tocantins (TO), se vê atormentado pela perda do pai e angustiado pela possibilidade de virar pajé. A partir do retalho de algumas histórias reais, surgiu essa sensível ficção que consegue dar vazão à imensa potencialidade ritualística desse povo. Onde assistir? Vimeo e Now.

Documentário - Taego Ãwa (2016): a partir do patriarca Tutawa e de sua filha Kaukama, o filme retrata o exílio forçado dos Ãwa para a Ilha do Bananal, no Tocantins (TO), após o contato forçado da Funai e dos ataques de ruralistas da região em que viviam. Mas o filme não se prende só ao passado e propõe a superação dessa história quando testemunha a colocação de uma placa no território pelo qual os indígenas estavam lutando. A demarcação saiu somente após a finalização do filme, em abril de 2016, e denominou o território de Taego Ãwa. Onde assistir? Now.

Documentário - Martírio (2016): No documentário o diretor franco-brasileiro Vincent Carelli resgata memórias que guarda desde 1988, quando começou a filmar o retorno dos indígenas da etnia Guarani Kaiowá a seus territórios originários no Mato Grosso do Sul (MS), até chegar aos dias atuais, marcados por uma extrema violência organizada pelo agronegócio. O documentário é essencial para entender o genocídio contra os povos indígenas, especificamente os da etnia Guarani Kaiowá, que remonta aos tempos do Império e se aperfeiçoa nas últimas décadas com os reis da soja e do gado. Onde assistir? Vimeo.

Curta-metragem - Ka’a zar ukyze wà – Os donos da floresta em perigo (2019): a Terra Indígena Araribóia, Maranhão, é uma das mais ameaçadas da Amazônia. É o território do povo Guajajara e também de um grupo de índios isolados, os Awá Guajá. O filme é um alerta e pedido de socorro dos Guajajara pela proteção das florestas e de seus parentes Awá Guajá, um dos últimos povos caçadores e coletores do mundo, cujo modo de vida depende essencialmente da floresta. Se a destruição continuar, este povo corre grandes riscos de desaparecer. Onde assistir? Youtube.

 

Curta-metragem - Para onde foram as andorinhas? (2015): O clima está mudando, o calor aumentando e os índios do Xingu observam os sinais que estão por toda parte. Árvores não florescem mais, o fogo se alastra queimando a floresta, cigarras não cantam mais anunciando a chuva, pois o calor cozinhou seus ovos. Os frutos da roça estão se estragando antes de crescer. Ao olhar os efeitos devastadores dessas mudanças, os índios se perguntam como será o futuro de seus netos. Onde assistir? Youtube.

 

Documentário - Pelas Águas do Rio de Leite (2018): este vídeo-documentário é resultado de duas expedições pelos rios Negro e Uaupés, nas quais conhecedores de etnias da família linguística tukano oriental visitaram e registraram lugares sagrados relacionados às narrativas de origem e de transformação do mundo e da humanidade. Assim como seus primeiros ancestrais, que viajaram a bordo de uma Cobra-Canoa, os participantes dessas expedições percorreram um extenso território, parando em lugares associados aos conhecimentos e às práticas que, até os dias de hoje, constituem a riqueza dos povos indígenas do Noroeste Amazônico. Onde assistir? Youtube.

 

Curta-metragem - Sawê – um canto de união (2016): é um curta-metragem documental, sobre os ataques aos povos indígenas que habitam as margens do Rio Juruena. O trabalho foi co-produzido pela Revista Vaidapé e a Rádio Yandê durante o III Festival Juruena Vivo, realizado em Juara, no norte do Mato Grosso, na Amazônia Legal. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Documentário - YAÕKWA, um patrimônio ameaçado (2009): um dos mais importantes rituais indígenas da atualidade, o Yaõkwa dos índios Enawênê Nawê no rio Juruena no norte de Mato Grosso, acaba de ser reconhecido como patrimônio imaterial pelo IPHAN, mas está ameaçado pela construção de um complexo de hidrelétricas. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Animação - A troca (2018): Chega de troca injusta. O governo viola os direitos indígenas da Constituição. O Congresso tenta acabar com eles. O Judiciário anula as demarcações. Mas a resistência dos povos indígenas do Brasil está mais forte do que nunca. O vídeo fez parte da campanha "Demarcação Já!”, em 2018. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Documentário - Tupinambá - O retorno da terra (2015):  apresenta depoimentos e sequências gravadas em maio de 2014 na aldeia Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, sul da Bahia (Brasil), assim como imagens de arquivo. No filme, a história de expropriação e resistência dos Tupinambá é narrada segundo a perspectiva dos indígenas, para quem a terra pertence aos encantados, as entidades mais importantes de sua cosmologia. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Documentário - Povos do Xingu contra Belo Monte (2009):  cenas gravadas na Aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto/Jarina, entre os dias 28 de outubro e 4 de novembro de 2009. Nesse período, os ministros do Meio Ambiente e Minas e Energia foram convidados a ir ao Xingu para discutir os impactos da obra de construção da usina de Belo Monte na região. Se concretizado, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo e vai causar impacto a mais de 9 milhões de hectares de floresta, uma área equivalente a duas vezes a cidade do Rio. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Documentário -   GRIN - Guarda Rural Indígena (2016): Um cineasta maxakali resgata memórias sobre a formação da Guarda Rural Indígena (Grin) durante a ditadura militar, com relatos das violências sofridas pelos seus parentes. No processo de realização do filme, entrevistas coletadas pelos diretores​ foram repassadas ao Ministério Público de MG ​em pedido de indenização​ ​aos povos originários ​pelo sofrido durante a Ditadura Militar. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Documentário - Laklãnõ/Xokleng: os órfãos do Vale (2018): resgata a história da população indígena Laklãnõ/Xokleng, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, relacionando a chegada dos imigrantes europeus em seu território, na metade do século XIX, com as condições atuais. Por perceber a tradição da história oral como forma de reafirmação e preservação dos Laklãnõ/Xokleng, a narrativa baseia-se principalmente no depoimentos de indígenas e se divide em três momentos: a chegada dos imigrantes e o genocídio indígena consequente; a violência e desapropriação de territórios tradicionalmente indígenas, com o alagamento de aldeias após construção da Barragem Norte; e o cenário atual de ameaça aos direitos humanos dos Laklãnõ/Xokleng, como a não homologação da Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ, aguardada desde 2003, e o assassinato do líder indígena Marcondes Namblá, em janeiro de 2018. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Mini Documentário - Urutau: Aldeia Maracanã Reexiste: José Urutau Guajajara é um dos grandes líderes no movimento pelos direitos indígenas na cidade do Rio de Janeiro. Criado na Aldeia Guajajara no estado de Maranhão, ele veio para o Rio ainda jovem para estudar e trabalhar. Em 2006, ele participou do grupo de indígenas de várias etnias que fundou a Aldeia Maracanã no prédio abandonado do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio do Maracanã. Embora tenha sofrido múltiplas remoções durante os megaeventos–Copa do Mundo e Jogos Olímpicos–a Aldeia Maracanã ainda ocupa o prédio e está em processo de formar uma universidade indígena no local. José é pesquisador de linguística do Museu Nacional da UFRJ e professor de língua e cultura indígena na FAETEC-ISERJ. Ele mora no Centro de Etnoconhecimento Sociocultural e Ambiental Caiuré (CESAC) em Tomás Coelho, um espaço comunitário da população indígena urbana. Onde assistir? Disponível no Bombozila.

 

Podcast - O Tempo Virou #15 Pandemia e genocídio dos povos indígenas - com Sônia Guajajara (2020): no episódio, recebem Sônia Guajajara para uma conversa sobre a situação dos povos indígenas no Brasil. Tratam sobre o genocídio histórico, a ameaça da pandemia e sobre as bandeiras das lutas indígenas, evidenciando a importância destas para a salvação do planeta. Onde ouvir? Disponível no Spotify.

 

Podcast - Cantos do Sabiá - A Luta dos Povos Indígenas e o Coronavírus (2020): no episódio, discutem sobre a importância da que marca o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas. Conversam sobre resistência, adaptação e as medidas de segurança que têm sido tomadas para a própria proteção dos povos Indígenas, em meio a Pandemia do novo Coronavírus. Contam com a presença de Elisa Pankararu, coordenadora do Departamento de Mulheres Indígenas da #APOINME - Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo. Onde ouvir? Disponível no Spotify.

 

Podcast - IFCH Unicamp - Semanacs 2020 - Entre o trator e o veneno: As lutas dos povos indígenas no Brasil (2020): a mesa tem como objetivo trazer as narrativas das lutas dos povos indígenas nos últimos anos no Brasil dialogando com o contexto político, ou seja, a retirada de direitos das populações indígenas, o desmonte de órgãos competentes, o avanço da indústria agropecuária e também a pandemia do coronavírus. Contam com a presença de Alice Pataxó, ativista, palestrante e comunicadora indígena; Artionka Capibeiribe, professora do IFCH/Unicamp; Tukumã Pataxó/William Matos, comunicador indígena e diretor de comunicação. Onde ouvir? Disponível no Spotify.

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Grupo de Trabalho PROEEP Indica

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