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PROEEP INDICA #24: SEGURANÇA PÚBLICA, RACISMO E DIREITOS DA POPULAÇÃO NEGRA

Você sabia que no Brasil a população negra morre mais de morte violenta e sofre mais violência policial do que os brancos? E que também representa a maior parte da população carcerária? Este fato evidencia o racismo brasileiro nas políticas e nas forças de segurança pública em relação com a comunidade negra no Brasil.

PROEEP Indica

03/09/2021

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Você sabia que no Brasil a população negra morre mais de morte violenta e sofre mais violência policial do que os brancos? E que também representa a maior parte da população carcerária? Este fato evidencia o racismo brasileiro nas políticas e nas forças de segurança pública em relação com a comunidade negra no Brasil.

Ao longo do mês de agosto tratamos das políticas de segurança pública e como essas políticas atingem as pessoas de diferentes maneiras em razão de seu gênero, sexualidade, etnia e raça. Enquanto proporciona segurança e proteção para uns, trata com arbitrariedade, violência e perseguição outros grupos. No Proeep Indica de hoje selecionamos livros, filmes, documentários e podcasts que abordam como as forças de segurança pública tratam a comunidade negra no Brasil e no mundo.

Livro: A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia - Publicado pela primeira vez há mais de duas décadas, a Produção do Fracasso Escolar, de Maria Helena Souza Patto, segue sendo uma obra de referência para pesquisadores em educação, gestores de sistemas e professores. Como explicar sua longevidade e fecundidade em um campo tão marcado pela rápida obsolescência de autores, teorias e perspectivas educacionais? (.) a democratização do acesso à escola, que poderia ter significado a ampliação de uma experiência simbólica potencialmente rica, resultou na manutenção de um "meio" para o qual não se vislumbra claramente um "fim" (.) É essa escola, alienada de seu papel político, divorciada de sua vocação cultural e inacessível aos pais e alunos que dela mais necessitam, que encontramos nas páginas do livro de Souza Patto. Daí a triste, lúcida e desafiante atualidade dessa obra. (José Sérgio Fonseca de Carvalho) N. E. A atual edição traz um dossiê "25 anos depois", composto pela análise crítica do percurso da obra; uma pesquisa de campo que mostra os adolescentes da pesquisa original em suas vidas presentes; e, por fim, um posfácio da autora. 

 

Livro: O ódio que você semeia - Uma história juvenil repleta de choques de realidade. Um livro contra o racismo em tempos tão cruéis e extremos. Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial. Não faça movimentos bruscos. Deixe sempre as mãos à mostra. Só fale quando te perguntarem algo. Seja obediente. Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto. Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início. Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa. Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. O ódio que você semeia é um livro que não se pode ignorar.

 

Filme: SE A RUA BEALE FALASSE - Se a Rua Beale Falasse mostra a história de Tish (Kiki Layne), uma grávida do Harlem que luta para livrar seu marido de uma acusação criminal injusta e de subtextos racistas. Com o objetivo de tê-lo em casa para o nascimento do bebê, ela irá fazer tudo que estiver em seu alcance. Onde assistir? Amazon Prime Video.

 

Filme: DETROIT EM REBELIÃO - No ano de 1967, Detroit vive cinco dias de intensos protestos e violência. Um ataque policial na cidade resulta em um dos maiores tumultos na história dos Estados Unidos, levando à federalização da Guarda Nacional de Michigan e ao envolvimento de duas divisões aéreas do Exército americano. Onde assistir? Telecine.

 

Documentário: RELATOS DO FRONT - Enquanto o Rio de Janeiro vive um de seus momentos mais difíceis em relação a segurança pública, aqueles que convivem diariamente com a violência e o medo da morte fazem de tudo para que consigam sobreviver mais um dia. De policiais militares até simples moradores: todos são vítimas de um problema que é analisado por sociólogos, historiadores e advogados, na tentativa de entender como esta guerra começou. Onde assistir? Telecine, NET Now.

 

Podcast: ‘Paz pra quem? Diálogos sobre a (in)segurança pública’ #01 - Quais devem ser nossos horizontes no debate de Segurança Pública? No primeiro episódio dessa série de podcasts, uma conversa sobre as polícias brasileiras com a professora Priscila Vilella (PUC-SP). Neste episódio com a professora Priscila Vilella (Relações Internacionais PUC-SP), uma conversa sobre o papel das polícias e a violência estatal, sobre a pauta da desmilitarização das polícias, quais são os recortes de classe, raça e gênero dentro do tema, quais as diferenças entre a polícia militar e civil e muito mais. Onde ouvir? Spotify 

 

Podcast: Racismo e Segurança Pública: raízes do problema e soluções #78 - No Brasil, a população negra morre mais de morte violenta e sofre mais violência policial do que os brancos e representa a maior parte da população carcerária. As políticas de segurança pública (mas não só elas) têm um viés discriminatório ligado à cor da pele e reforçam um racismo estrutural que vem desde os tempos da escravidão e nunca foi efetivamente combatido pelo Estado e pela sociedade brasileira. Estas foram as conclusões do debate “Racismo e Segurança Pública”, realizado pela Fundação FHC e pela Humanitas360, que reuniu quatro especialistas de diferentes áreas para discutir as raízes do problema racial na segurança pública e possíveis soluções. Onde ouvir? Spotify.

Fonte: Atlas da Violência 2020, produzido pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)https://forumseguranca.org.br/atlas-da-violencia

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Grupo de Trabalho PROEEP Indica

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