Diário de Classe da Pandemia - Dia 8
O relato de hoje é o da professora da Educação Infantil da rede particular de Campinas, Stephanie.
Ela nos contou que com a pandemia a correria de dar aulas em duas escola continuou, mas ao invés do deslocamento por carro agora o deslocamento é de uma sala virtual para outra. Sua grande dificuldade foi adaptar o tempo trabalhando de casa pois, no começo da pandemia, ela se cobrou muito e passava horas na frente do computador gravando e editando vídeos, elaborando atividades e realizando aulas ao vivo com seus alunos. Com tanta correria e cobrança, ela adoeceu, e com a saúde lhe mandando sinal de que ela deveria diminuir o ritmo, começou a se cuidar mais e coordenar melhor o seu tempo, estabelecendo intervalos e horários para começar e terminar de trabalhar.
Outro desafio para Stephanie foi a de adaptar as aulas da educação infantil para o ambiente online sabendo que as crianças estavam entendendo o que estava sendo passado de maneira satisfatória. Isso porque, sem as os jogos, brincadeiras, experiências e conversas, que são tão presentes nessa etapa da aprendizagem, é muito difícil manter o interesse e concentração de crianças de 4 e 5 anos assistindo a vídeo-aulas. Com isso, a professora teve que se adaptar e se reinventar todos os dias, montando brincadeiras e jogos com os alunos mesmo a distância, e eles têm respondido muito bem a isso.
Outra questão que Stephanie estava considerando era o retorno dos pais, com medo deles não receberem bem as mudanças. Porém, muitos pais se solidarizaram com a situação e compreenderam a situação da escola, dos professores e da coordenação, que estavam fazendo de tudo para entregar o melhor ensino possível.
Stephanie termina seu relato dizendo “Se antes eu tinha orgulho da profissão que escolhi, hoje eu tenho mais ainda. Por tanta dedicação, que vejo de colegas de profissão, empenho e solidariedade.”